quinta-feira, 5 de maio de 2016

A Saga da Planta

Bacana é quando... melhor vocês completarem essa frase pra mim...


E aí que a Minduin aqui vai casar.  Como quem casa quer casa, fomos nós atrás de imóvel.  Depois de muitas visitas, nos encantamos com um e aí aquela correria toda, documento e tal e deu tudo certo!

Viva.!!!!!!!!!!!!!!!!!

Mas... Sou eu, né...

No dia de pegar a chave, pegamos todos os manuais e...

- Beleza, ta tudo certinho aqui, só falta aqui a planta hidráulica e elétrica.

- não tem.

- como não tem? Nós precisamos saber onde tem cano... onde tem fiação para quebrar parede... instalar os móveis...

- mas não tem. O que podemos fazer é ir lá com vocês e marcar nas paredes onde estão os encanamentos.

E a minha noiva super educada:

- isso! Marca na parede toda que eu vou chamar um pintor pra fazer o encanamento em verde e desenhar o Mário Brós!

Aí, saí com aquela informação atravessada... Já comecei a achar que tinha comprado imóvel ilegal... Fui na prefeitura, tudo ok. A prefeitura não pede essas plantas internas e disse que eu tinha que verificar com o Procon se isso era direito meu.

Fui ao Procon onde fui informada que sim, era obrigação da construtora me entregar tais documentos, mas para abrir o processo eu precisava de provas. E aí... começou a Saga da Planta.

No dia 15 de Outubro de 2015 mandei um e-mail educadíssimo (mesmo) solicitando tais plantas. No dia seguinte (16/10/2016) o corretor me respondeu dizendo que pra eu entrar em contato com o engenheiro responsável (guardem bem esse cargo).

Solicitei o e-mail do engenheiro e no mesmo dia mandei mensagem pra ele com a solicitação. No dia 22 de Outubro mandei um novo e-mail (ainda bem educado) pedindo uma posição. No dia 26 de outubro eu reforcei a solicitação.
No dia 05 de Novembro eu pedi de novo. E no dia 11 de Novembro, já não tão educada, mandei um novo e-mail.

Detalhe: eu escrevia os novos e-mails reencaminhando os meus antigos, porque não havia retorno.

Depois do último eles solicitaram que eu deixasse lá a minha chave porque até o final dessa semana ainda ele resolve essa pendencia (sic).

No dia PRIMEIRO DE DEZEMBRO sem ter retorno mandei novo e-mail questionando quando poderia retirar minha chave já que eu tinha marcado com um marceneiro pra fazer um orçamento...
No dia 03 de Dezembro apenas informei que passaria no dia seguinte para retirar, já que eu não tinha resposta. E aí eu tive:

O fulano pediu para você pegar as chaves amanhã, pois ele não estará aqui

Só que o amanhã” era o sábado em que eu tinha marcado com o marceneiro às 09h.

Esse foi o pior dia. Foram horas de e-mails e telefonemas já nada educados e nada de resolver. Às 23h50 eu estava mandando mensagem de voz, de texto e de fumaça pra todo mundo da construtora... e continuava sem as chaves.

No sábado (05/12/2016) 24 dias depois de eu deixar a chave lá, o engenheiro ligou às 08h da manhã dizendo que estava lá NAQUELE MOMENTO fazendo a planta...

Como eu obviamente nem podia olhar na cara dele, pedi que ele deixasse na imobiliária e eu passaria pra pegar.

Abaixo, a planta que me foi entregue pelo engenheiro.







Só pra finalizar: quando peguei esse papel na mão perguntei se isso tinha validade de planta. A resposta que tive foi: claro que sim.

Na boa... eu teria vergonha...


sábado, 19 de setembro de 2015

Neuro

Eu falo que tem coisas que só acontecem comigo... ainda bem que hoje minha mãe estava junto para comprovar... e acho que eu nunca tinha visto ela chorar de rir...
Eu devo ter pulado algumas partes, porque hoje o "troço" foi tenso... mas foi mais ou menos assim... (tentei resumir... mas é longo)....
Ai, eu estou na sala de espera com a minha mãe aguardando o neurologista e finalmente ele chama. Mamãe entrou comigo, afinal, mãe é mãe!


Começamos a consulta com os porquês de eu estar ali, falei de uma dor de cabeça meio estranha e aí:
- Você toma muito café?
- Muito não... Normal eu acho... Com leite de manhã e uns dois puros a tarde.
- É, café pode dar dor de cabeça...
- Hum...
- Alguma doença grave?
- Não.
- Acidentes?
- Sim. Quatro.
- Como?
- Um de bicicleta e 3 de moto
- Bateu a cabeça?
(Ai, contei todos os acidentes, blá blá blá...)
- E você toma muito café?
- Muito não... Normal eu acho... Com leite de manhã e uns dois puros a tarde. (... ??? ...)
- Porque o café da dor de cabeça... e queijo, você come muito queijo?
- Muito não.
- Queijo pode dar dor de cabeça também...
- Mora com a sua família?
- Não.
- Passa muito stress no trabalho?
- Sim.
- Namora?
- Não.
- Você toma muito café?
- (... ??? ...) Muito não... Normal eu acho... Com leite de manhã e uns dois puros a tarde. (Mãe, socorro)
- Vamos ali na maca pra eu te examinar
(Pressão, coração, blá blá blá)
- Qual a sua religião?
- Espírita
- E você tem mediunidade? Vê, ouve, sente?
- Não.
- A família toda e Espírita?
- Não. Meus avós são católicos.
(Ele olha pra minha mãe)
- A Sra. É espírita?
- Sim. E meu filho também.
- E você tem mediunidade? Vê, ouve, sente?
- Não.
- E o filho? Tem mediunidade? Vê, ouve, sente?
- É... meu filho está estudando...
- Em que centro vocês vão?
(alguns minutos falando sobre endereços de casas espíritas)
- Bom, vamos fazer um eletro.
Fiz o exame, voltei:
- Bom, aqui no eletro esta tudo normal. Mas vou pedir uma tomografia pra gente ficar tranquilo.
- Ok.
- Você toma muito café?
(Minha mãe colocou a mão na boca para disfarçar a risada)
- Muito não... Normal eu acho... Com leite de manhã e uns dois puros a tarde.
- Porque o café da dor de cabeça
- Come muito queijo?
- Mais ou menos... eu como muito requeijão.
- Requeijão da dor de cabeça... Café, queijo, você come muito chocolate? Ou achocolatado tipo Nescau?
- Não gosto muito de doce, mas tomo Nescau.
- Então, Café, queijo, chocolate isso da dor de cabeça. Come muita fruta cítrica? Laranja, mexerica, abacaxi?
- Não todos os dias, mas como...
- Porque o café, queijo, o chocolate as frutas cítricas, laranja, mexerica, abacaxi até o maracujá... isso da dor de cabeça. E não precisa comer muito ... é como quem tem alergia a camarão, não precisa comer um camarão inteiro, basta um pingo de molho onde tenha camarão. Come muita salXicha?
(Eu estava me segurando)
- Não. Raramente num lanche...
- Então porque a salXicha, quando sai do processo da fabricação tem o corante Nitrito de Sódio, por isso que quando a mamãe ferve a salXicha fica aquela água amarela. Então, café, queijo, chocolate, frutas cítricas como laranja, mexerica, abacaxi, maracujá, a salXicha... ou linguiça, salame, porque eles pintam tudo com corante... isso da dor de cabeça
- Entendi.
- Bom, mas vamos ver se a gente acha alguma novidade no exame.
- Ok. (mas o ideal não é não ter novidades no exame??)
Levantamos, demos a mão: - Obrigada pela visita.
Quando estávamos na porta:
- E vocês fazem o evangelho no lar?
- Aham
- Tem que fazer né? A vida já ta difícil com ele, imagine sem...

segunda-feira, 23 de março de 2015

A Saga da Placa - Capitulo Final

Bacana é quando começa mesmo a parecer brincadeira...

Então, dez dias depois voltei ao Ciretran para retirar o documento. Sai de casa até calma, mas bem disposta a ser o Bombita[i] se algo desse errado.

Cheguei, peguei a fila e aguardei minha vez. Quando encostei no balcão a menina até sorriu:

- Oi! Chegou seu documento, finalmente!

- Nossa! Nem acredito, espero que esteja tudo certo.

Ela me entregou o documento e seguindo a recomendação da mocinha que fez o laudo fotográfico fui direto verificar campo das observações, e pra minha “não surpresa” o número do motor não estava lá como deveria. Eu suspirei, abaixei a cabeça e ela perguntou:

- Tem alguma coisa errada?

- Tem. O número do motor do meu carro deveria ter saído aqui no campo das observações.

- Não, não precisa disso.

- Então... me orientaram que precisa. Porque o carro é antigo, o número do motor não está claro no decalque, e ai tem que sair aqui.

- Sério? Nossa... eu não sabia disso.

- Aprendeu mais uma hoje hein?

Como das outras vezes ela saiu e foi falar com o supervisor:

- Olha, você tem razão, o número tinha que estar aqui. Como o erro é nosso, o supervisor disse que não é justo que você fique sem o carro. Então vou destacar o documento de compra e venda e reter aqui para enviar para a correção e você pode andar com esse documento até que o corrigido fique pronto. São cinco dias úteis. Ai você vem aqui e troca.

- Certo.. Você não acham justo eu ficar sem o carro, é muito generoso. Mas, com esse documento sem o número do motor, eu posso fazer o emplacamento?

- Emplacamento? Seu carro está sem placa?

(Puta que Pariu!!!!!)

Juro... É inacreditavel. Mais uma vez eu estava ali querendo pular aquele balcão e dar na cara de alguém.

- Está... está sem placa. Por isso estou fazendo todo esse tramite.

- Ah... Mas acho que pra emplacar pode ser esse mesmo. Já da uma descida ali e vê com o pessoal.
Eu desci, entrei na portinha do emplacamento. O cara nem me olhou, praticamente arrancou o documento da minha mão e disse que a placa estava lá. Voltei correndo para casa, peguei meu carro e fui lá emplacar, finalmente.

Cinco dias depois, voltei lá e consegui retirar o documento correto.

(Gasto do dia com estacionamento nesses dois últimos dias: R$ 10,00)

Fim.




[i] Se você não sabe quem é o Bombita, assista o filme argentino Relatos Selvagens. Leia sobre ele no melhor blog de cinema da internet: http://www.cdecaneca.com/2015/03/relatos-selvagens-por-cris-santana-e.html

segunda-feira, 16 de março de 2015

A Saga da Placa - Dia 08

Bacana é quando você decide desistir...

Sexta de manhã, acordei e fui atrás de um lugar para fazer o tal laudo fotográfico. Uma amiga minha disse que fazia perto da casa dela:

- Passa aqui! Eu vou com você!

Muito bem. Passei lá e fomos juntas. Chegando no local descobrimos que eles não faziam esse tipo de laudo... mas, me indicavam um lugar que fazia e que eu teria desconto por ser indicada por eles. Fui direto pra lá e ai, mais uma facada:

- Fazemos sim, senhora, o laudo. Fica R$ 100,00 com o desconto.

Cem reais! Mas eu não tinha outra opção. Então sentamos na salinha de espera (que pelo menos tinha WiFi e balas Sete Belo) e aguardamos. Foi bem rápido e ela me chamou:

- Olha só, ta pronto. Mas deixa eu te explicar. O laudo sai como reprovado porque o carro esta sem a placa na frente. Você esta fazendo o laudo justamente por isso e ele lá no Ciretran sabem disso então não tem problema. Você leva assim mesmo e eles vão dar entrada porque o que interessa é a foto do motor que está ai. Depois que você fizer tudo e o carro estiver emplacado você traz aqui de novo só para tirar um laudo aprovado, sem custo nenhum se você vier dentro de um mês.

- Certo... não tem problema esse reprovado?

- Não, não tem. E mais uma coisa, quando você for buscar o documento olhe no campo “observações”, tem que vir o número do seu motor escrito ali, se não vier nem retira o documento porque está errado.

Paguei o laudo reprovado e fui direto ao Ciretran. Minha amiga comigo. Peguei a fila da triagem e a moça me mandou direto na fila como se eu fosse retirar o documento, era pra eu entregar o laudo lá. Algumas pessoas na fila.... e eu:

- Oi, boa tarde, vocês me ligaram ontem dizendo que o decalque do meu chassis não passou... e que eu tinha que trazer um laudo fotográfico. Eu vim entregar.

Ela abriu o envelope, olhou o laudo e sem pestanejar retrucou:

- Esse laudo não serve pra nada. Está reprovado.

- Então... Ele está reprovado porque o meu carro esta sem placa... por isso estou fazendo toda essa documentação.

- Mas porque seu carro está sem placa? Você tem que pedir a placa então.

- Eu estou tentando. Há quase duas semanas. Mas estou encontrando muitos empecilhos. Mas, a mulher da vistoria me disse que o laudo vem reprovado mesmo. Porque o que importa é a foto do motor.

- Bom, ta certo. Então você tem que preencher esses dois papéis aqui e reconhecer firma por autenticidade desse primeiro.

Eu juro que tive vontade de voar no pescoço dela, Porque não é possível que só porque tem 325 placas dizendo que desacato a funcionários públicos é crime que eles se sintam tão no direito de fazer um cidadão de idiota. Eu respirei muito fundo, muito fundo e perguntei:

- Reconheço firma das duas folhas?

- Não. Só da primeira.

Minha amiga pegou o papel e perguntou ela:

- Dessa folha aqui não precisa?

- Não. Só da primeira.

Ai eu sai da fila e falei pra minha fiel escudeira:

- Olha só, chega. Não quero mais isso. Vou vender esse carro pra um ferro velho. O cara vende as peças e já era. Não precisa de placa.

- Não Salemme, calma. Olha, tem um cartório do outro lado da ponte. Nem precisa tirar o carro do estacionamento. Deixa ai e vamos caminhando e você já traz o papel de volta. Ai não perdemos o dia.

Eu estava tão de saco cheio já, que não conseguia raciocinar mais. Então, meio que por inércia, fui caminhando até o cartório. Choveu. A gente não tinha guarda chuva. Chegamos lá absolutamente molhadas. Mas tudo bem. Eu reconheci a assinatura e voltei para o Ciretran. Peguei de novo a fila e quando entreguei o papel para a menina que estava lá (que já era outra) ouvi o que eu já devia esperar:

- Você tinha que reconhecer firma nas duas folhas.

- Não! Eu não tinha! Eu não tinha porque eu perguntei três vezes pra mulher que me atendeu aqui e pediu esse papel e ela confirmou que era só a primeira. Eu não vou voltar lá no cartório. Chega. Já perdi a conta de quantas vezes vim aqui e eu não aguento mais.,

- Quem falou que não precisava?

-  A mulher que me atendeu trinta minutos atrás. Uma senhora de óculos.

- Mas é que ela não trabalha aqui nesse setor

- E a culpa é minha? Ela que chamasse alguém pra ter certeza. Eu não vou embora sem resolver.

Ai, a fila já começou o barulho. Todo mundo falando que já tinha ido lá várias vezes, que eles fazem todo mundo de trouxa. (e o pior aqui foi a funcionária dizer: - Estou pra ver o dia que as pessoas vão resolver as coisas aqui num dia só. Todo munto vem pelo menos três vezes) Nisso, a menina que me atendeu das outras mil vezes me viu, perguntou o que estava acontecendo e tentou ajudar. Foi falar com o supervisor e voltou:

- Olha, como o seu caso tem laudo fotográfico vai passar com uma só reconhecida. Pode vir buscar seu documento na outra terça.

Ou seja, mais dez dias sem carro.

(Gasto do dia com estacionamento: R$ 12,00)


Continua no próximo capitulo.

quinta-feira, 12 de março de 2015

A Saga da Placa - Dia 07

Bacana é quando você é muito feito de trouxa...

Quinta feira a tarde toca o telefone:

-  Sra. Danielle?

- Eu mesma.

- Aqui é do Ciretran de Santo André, estou ligando pra informar que o decalque do motor do seu carro não foi aprovado, então a Sra. precisa trazer um laudo fotográfico do motor para que a gente possa dar andamento na sua solicitação.

- Laudo? Fotográfico? Mas... onde eu faço isso?

- No DENATRAN Sra. Ficamos no aguardo, boa tarde.

Eu nem consegui responder nada... Tamanha era minha revolta porque PORRA! Porque o cara que fez a vistoria já não me avisou que o decalque não ia passar ao invés de simplesmente me dizer “boa sorte”??? Porque nenhuma das meninas que conferiu a documentação (mais de uma vez) me avisou que o decalque não estava bom? Pra que me fazer esperar três dias... Eu fiquei num estado de nervos... que só por Deus. Como eu estava na rua, liguei pra Bruna e pedi pra ela ver na internet onde era o DENATRAN mais próximo da minha casa para que eu levasse o carro no dia seguinte bem cedo. Eis a resposta:

- Então amor... DENATRAN pelo que eu estou vendo aqui... só em Brasília. Acho que você tem que ir em algum lugar “filiado” ao DENATRAN.

Pronto... Era só o que me faltava. Pela falta de vontade da menina de me dar informações corretas e claras se eu fosse fazer o que ela disse tinha que ir com o carro sem placa até Brasília! Porque ela não disse filiada... Ela só disse DENATRAN.

Enfim, não adiantava espernear... No dia seguinte eu ia atrás do tal laudo fotográfico.

Mais um dia sem carro e sem expectativas...


(Gasto do dia com estacionamento: não houve)

Continua no próximo capitulo...

quarta-feira, 11 de março de 2015

A Saga da Placa - Dia 06

Bacana é quando você decide manter a calma, custe o que custar!

Dia seguinte eu acordei cedo de novo, fui ao banco antes de abrir e peguei a fila com os aposentados. Dessa vez já fui ao caixa eletrônico e imprimi o protocolo para subir. Passei pelo mocinho da senha e fui para o caixa com a senha CX 003, não ia demorar.

Quando me chamaram eu fui caminhando até o caixa decidindo se eu ia pedir pra chamar a gerente e mandar ela pra aquele lugar ou se eu seria uma pessoa do bem. Encostei no caixa e entreguei o protocolo e o dinheiro:

- Moça... Deixa eu te falar... Eu estive aqui ontem pra pagar essa mesma taxa e mesmo com a orientação da sua gerente eu paguei errado... Porque essa taxa que eu paguei nem existe mais...

- Não existe? Mas ta no caixa eletrônico?

- Sim, está.

- Nossa, muito obrigada por dizer, vou avisar o pessoal pra gente ficar de olho caso alguém venha pagar errado também.

E assim, fazendo o papel de boa menina sai e fui direto ao Ciretran. E de novo tive que passar pela triagem. Na minha vez, a mesma atendente:

- Ué... Você de novo?

- Pois é... Parece que eu paguei uma taxa errada ontem.

- Não! Eu vi essa taxa que estava errada. Você não viu que eu fui com as suas coisas ali na mesa do supervisor? Ele falou que podia dar entrada com aquele pagamento mesmo.

- Pois é, mas a sua coleguinha ali da sala dois disse que não podia e me mandou voltar.

- Ah, nossa.. Bom, agora já foi né?

- É... Agora já foi.

Peguei a senha e voltei para a sala dois. Dessa vez demorou menos. Com muita sorte peguei de novo, a mesma atendente do dia anterior:

- Pronto, ta aqui a taxa certa. Aliás, a menina da triagem falou que eu podia ter dado entrada com aquela taxa.

- Não podia não. Eu perguntei e confirmei com meu supervisor.

- Acho que seria interessante o seu supervisor conversar com o supervisor dela... porque eles estão dando informações desencontradas!

Ai, sem me dizer mais nada ele me deu dois protocolos: um pra voltar na quinta feira e pegar a solicitação de reembolso da taxa que eu paguei errada e um para voltar na sexta e retirar o documento do meu carro.

Eu tinha que aguardar mais 3 dias.


(Gasto do dia com estacionamento: R$ 18,00)

Continua no próximo capitulo...

terça-feira, 10 de março de 2015

A Saga da Placa - Dia 05

Bacana é quando as pessoas fazem questão de não ajudar... em nada

Nossa tentativa de fazer decalque foi melhor que a do mecânico. Dava pra ver todos os números. De fato, os primeiros números estavam mais fracos, mas dava pra identificar. Então fui pra vistoria.

Chegando lá dei a grande sorte de não ter ninguém, entrei direto e parei o carro no local indicado. Desci e entreguei os papéis para o homem (que não olhou na minha cara), foi até o carro e levantou o carpete pra olhar o chassis. Carimbou e assinou o papel e me disse: - Boa Sorte.

Eu sabia... eu senti que esse boa sorte não foi bom... E estava puta porque gastei dinheiro no auto elétrico e ele não viu nada disso na vistoria. Mas enfim, subi para levar a papelada. Peguei a fila da triagem que foi até rápida e entreguei tudo pra menina. Ela foi conferindo tudo, foi até outra mesa na sala, mostrou alguma coisa nos papeis pra um cara que balançou afirmativamente a cabeça, voltou e me entregou tudo com uma senha para aguardar na porta da sala 02.

Minha senha era N 056. Eles chamavam todas as letras do abecedário, menos a letra N. E quando chamou era N 048. Até voltar o N de novo...

E finalmente, chamou. Entrei e entreguei tudo:

- Não posso dar entrada com essa documentação porque a senhora pagou uma taxa errada.

- Taxa errada? Que taxa?

´- A do emplacamento.

- Mas eu perguntei pra mulher do banco, ela confirmou que era essa.

- Não. A senhora tinha que pagar uma de  R$ 106,40 não essa aqui.

- Então... Mas ela disse que era a mesma taxa mas que com essa o documento ia pra minha casa.

- Senhora, para o documento ir pra sua casa você tem que pagar a taxa de postagem no licenciamento. Não no emplacamento. Essa taxa que a senhora pagou é para a placa ir pra sua casa. Mas isso não pode ser feito com carro usado. Aliás, só um minuto.

(Eu fervendo de raiva, ela foi numa outra mesa, falou com uma outra pessoa e voltou)

- Isso mesmo, e nem pra carro novo tem essa opção mais, essa taxa que a senhora pagou não existe.

- Mas ela está disponível no menu do banco.

- Pois é, mas não existe.

- Tá... e agora?

- Agora a senhora tem que ir pagar a taxa certa e trazer aqui com duas cópias da taxa errada e eu vou dar entrada num pedido de reembolso que a senhora vai ter que levar num posto da secretaria da fazenda pra solicitar o reembolso.

E assim, mais um dia foi perdido...


(Gasto do dia com estacionamento: R$ 12,00)

Continua no próximo capitulo...