quarta-feira, 23 de outubro de 2013

O garra...

Bacana é quando você joga dinheiro fora em coisas que você já devia estar careca de saber que são furadas!

Estávamos eu e o Léo andando pela cidade, aliás, preciso dizer que o Leonardo é tão bom quanto eu para atrair as coisas... Toda saída com ele rende post!

Enfim, almoçamos juntos, andamos vendo lojas, ele foi cortar o cabelo, essas coisas. Entramos no shopping que tem no centro e como estávamos já o dia todo fora, precisávamos fazer um “pipi”. O caminho para o banheiro é praticamente um labirinto... Juro, é engraçado até. E ai, antes de chegar nas portas (masculino e feminino) tem um “hall”, uns bancos pra sentar, máquina de snacks e refrigerante e... Três máquinas daquelas de pegar bicho de pelúcia sabe? Então...

Claro que nós quisemos brincar né... Uma das máquinas tinha pelúcias desses “Minions” que sei lá eu porque são o maior sucesso agora... Eles eram até bonitinhos e se eu pegasse um já até sabia pra quem ia dar.
Lá fomos nós... Pegamos € 1 e colocamos no local indicado, os botões acenderam. Pressionei pra ir para o lado, não foi. Pressionei para a frente. Ele se mexeu. Parei e pressionei para o lado de novo e ele abaixou, desceu praticamente dentro do buraco onde supostamente eu deveria soltar o bicho, fechou a garra no vazio e subiu de novo. A máquina apagou.

Leonardo já estava me olhando com olhar de reprovação quando eu disse:

- Tem tempo... São trinta segundos, a gente não viu isso. Enquanto a gente “aprendia” a usar, perdemos o tempo!

Não contentes, colocamos mais € 1. Ai eu pressionei para a frente e para o lado, estava “quase” no lugar onde eu queria e de novo ele baixou sozinho... Com sorte ele desceu exatamente em cima de um dos bonecos, fechou a garra e quando a gente já estava comemorando, o bicho se soltou, a garra subiu vazia e ficamos os dois com cara de bobo.

Ou a gente não sabe mesmo usar ou a máquina é doida, porque segundo o Leonardo (que ficou observando o cronometro dessa vez) a contagem foi: 30 – 29 – 28 – 27 – 0 e a garra desceu.


Bom... não era o dia daquele bichinho ganhar a liberdade... o garra é o mestre... ele escolhe quem vai e quem fica!

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Uma furada chamada Notting Hill

Bacana é quando você decide visitar cenários de filmes que você gosta...

Utilizando dicas do mesmo vídeo que nos mandou para o pub onde supostamente o Jimmi Hendrix tocou guitarra, espremido em algum canto, no segundo dia de Londres, no final da tarde, após já ter andado o dia todo por lá, pegamos o metrô com destino a Notting Hill. Segundo a “dica”, o bairro era muito agradável e ainda poderíamos conhecer e tirar fotos na livraria que foi utilizada como cenário do filme que leva o mesmo nome.

Chegamos na estação de Notting Hill e com o endereço em mãos procuramos uma cabine telefônica com WiFi (isso mesmo!) para saber se estávamos na direção certa. “Achando” que estávamos na rua certa, continuamos subindo procurando pelo número. E quando encontramos, era uma locadora de filmes... Com uma cara de acabada!!!!
Já começamos a achar que a livraria não existia mais. Voltamos para a cabine do WiFi. Mas ai, a Karine apaixonada por mapas, encontrou um deles na rua e consultando percebeu que estávamos errados... tínhamos que ir para a paralela.

Agora não tinha erro. Chegamos na rua e confirmamos qual lado devíamos seguir em busca do número. Andamos umas 6 quadras e chegamos ao local, onde havia uma sapataria e nada da livraria do filme.

A gente ficou uns 5 minutos parados, olhando para a sapataria sem reação. Ainda achamos que parecia mesmo o prédio e ai concluímos com pesar que ela fechou.

Mas...

Tinha movimentação no comércio ao lado, e depois da já famosa discussão para decidir quem iria até lá, eu fui.

- Por favor, aqui do lado é o prédio onde tinha uma livraria usada como cenário do filme Notting Hill?

- Não. Nunca foi. No filme eles falam que a livraria fica nessa rua porque essa é a rua principal do bairro, mas ela fica na segunda a esquerda.

- Então tem a livraria?

- Tem sim, na segunda a esquerda.

- Obrigada.

Voltamos duas quadras, entramos à esquerda, andamos mais uns 200 metros e lá estava ela... a livraria chamada Notting Hill. Pelo menos a foto a gente ia ter.

Trinta segundos antes da gente chegaram duas meninas. Uma delas abriu um case de violão, tirou o instrumento de dentro, sentou exatamente no parapeito da livraria (onde todo mundo senta para tirar fotos) e começou a tocar uma música enquanto a amiga filmava... A música nunca mais acabava... E quando parecia que ia acabar um “transeunte” passou na frente da câmera... ela parou e iam começar tudo de novo.

Felizmente elas perceberam nosso objetivo ali e perguntaram se a gente queria tirar uma foto. Ainda se ofereceram para tirar a foto (que não ficou nada boa).



Enquanto nos preparávamos para a foto, um de nós leu a placa em frente a livraria dizendo que foi inaugurada em 2011...Sendo o filme de 1999 acho pouco provável que tenha sido filmado ali.

Olhando fotos no Google (do filme) percebemos pelo prédio que foi filmado onde é atualmente a sapataria então, provavelmente essa “Travel Book Shop” que nós encontramos deve ter sido construída em homenagem...


Sabe aquela música do Gabriel o Pensador que ele pensa que está indo ao cinema e acaba numa igreja evangélica? Então...

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Seria melhor ter ido ver o filme do Pelé!

Bacana é quando você faz a programação de viagem baseada em coisas que você viu na internet...
Antes de irmos para Londres, assisti um vídeo no YouTube com várias dicas de coisas que você não pode deixar de fazer em Londres. Dentre elas estava conhecer o Pub onde o Jimi Hendrix tocou quando esteve em Londres pela primeira vez e que, de lambuja, era o melhor lugar para se tomar uma Guinness.

Anotamos o endereço e lá fomos nós em busca do tal pub.
Olha... Não que o lugar não seja bom, mas eu fiquei me perguntando onde foi que ele achou espaço pra sentar com uma guitarra, porque é muito pequeno...
No começo até achei que era o lugar errado, porque sei lá, eu tava imaginando que teriam fotos dele na parede, uma estátua (rsrsrs) ou qualquer coisa relacionada ao cara né... não tinha nada. Só depois de muito tempo achamos em uma parede um recorte de jornal que fazia alguma menção a isso... bem escondido.
Enfim, sentamos no balcão, pedimos as Guinness e então vimos uma propaganda dizendo que para cada pint de Guinness comprada você ganharia uma “raspadinha”. Dentre os prêmios havia bonés, uma pint gratuita, bola de Rugbi, essas coisas.
Ninguém queria perguntar sobre isso para o barman. Depois de muita discussão o Leonardo perguntou. O cara disse que não fazia idéia de onde estavam as raspadinhas.
Acontece que o Kleiton achou as raspadinhas na prateleira atrás do balcão. Após nova discussão para saber quem falava com o cara, a Karine chamou e perguntou:

- Por acaso não seria aquilo ali?

Ele olhou, foi lá e pegou as raspadinhas pra gente. Karine raspou primeiro e apareceu: Sorry!
Minha vez: Winner
Leonardo: Winner
Kleiton: Sorry

Ai, foi a minha vez, chamei o cara e mostrei os cartões premiados... E ele disse: - Sinto muito, não temos os prêmios.

(Frustrada...)

- Ok, posso levar a pint como premio então?
(os copos da Guinness são muito bonitos)

- Sim, um só.

- Mas nós ganhamos dois prêmios

Ele deu as costas e foi embora. FOI EMBORA...

Foda né? Aqui não tem essa de o consumidor tem sempre razão não... Se fosse no Brasil isso daria um estardalhaço... mas...

Terminamos de beber nossa Guinness e fomos embora com o nosso copo. Como a gente não tinha certeza de onde estávamos o Léo entrou num mercado e perguntou para o segurança se tinha um metrô por perto.

Muito simpático e prestativo ele disse que sim, era só continuar em frente e estava antes da esquina.

O Léo só esqueceu que aqui eles usam a palavra “underground” para o metrô e não “subway” como nos EUA.


Lembramos disso quando após seguir as instruções chegamos em uma lanchonete Subway e nada de metrô antes da esquina...

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

O hostel...

Bacana é quando você tem aquela certeza de que as fotos que o pessoal posta na internet não condizem com a realidade...

Bom, resisti ao voo e chegando em Londres pegamos trem e metrô para chegar ao hostel.
Quando fizemos a reserva, sabíamos que o hostel ficava afastado do centro, mas era mais barato, as fotos eram muito bacanas e pensamos:
- Ah! Lá nós vamos de metrô para todo lugar, não tem problema ser afastado.

Acontece que era MUITO afastado... E assim, vamos ser sinceros: o sistema de metrô é fantástico. Tem metrô em qualquer esquina, mas... eles não andam com a velocidade que estamos acostumados no metrô de São Paulo. Eles andam com a mesma velocidade que aqueles trens antigos que fazem o percurso Luz – Francisco Morato, ou Rio Grande da Serra – Luz, ou alguma dessas...

Enfim, chegamos na estação, descemos e começamos a caminhar para o hostel, não era longe da estação, mas parecia que a gente tava andando no Glicério... Tinha uma feira vendendo fruta, quadros, verduras, carpetes... Aquele monte de lojinhas que vende, arruma, troca e compra celular.. Essas coisas todas.

Tranquilo. Continuamos a caminhada e de repente a gente viu na parede uma placa com o nome do hostel. Em cima de um beco. Abaixo da placa três moleques muito estranhos parados conversando.



Karinão, responsável pela reserva e localização, disse que não era ali. O endereço indicava a rua perpendicular e lá fomos nós. Obviamente o número nem existia na outra rua e voltamos para o beco.

Quando olhamos estava lá a porta com o nome do hostel, tocamos o interfone e a porta se abriu. Seguimos então por uma escadinha estreita, um teto baixo e um cheiro de creolina...



Enfim, já tínhamos pagado pela reservam fizemos o check-in e fomos para o quarto. Dez camas, misto. Havia ainda mais 2 quartos com  10 camas. E 2 banheiros.

Vou fazer a conta para não restar duvida caso vocês estejam lendo com pressa: eram 30 camas. 2 banheiros.

Enfim, colocamos as coisas no quarto e saímos. E vou dizer... Depois de “conhecer” alguns dos outros hóspedes percebemos que a aparência do local não era problema nenhum...

Festa estranha... Com gente esquisita!


(PS. No último dia quando fizemos o check-out – com o atendente usando uma meia de cada cor e chinelo - eu li numa placa na recepção que um dos quartos tinha banheiro dentro. Então na verdade não eram 2 banheiros para 30 pessoas, era pra 20 só).

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Londres, o começo...

Bacana é quando você finalmente vai realizar o sonho de viagem da sua vida: Londres.
Compramos as passagens e os passeios há um mês e a ansiedade vem só crescendo. Karine é a “roteirista”, pesquisou tudo, organizou em que dia era melhor fazer cada passeio e enfim chegou o dia.

Tem uma companhia aérea aqui chamada Ryan Air. Você voa muito barato com ela (muito mesmo), mas não pode despachar bagagem. É só a bagagem de mão e tem um tamanho máximo da mala (que não é muito grande). Um amigo que viajou recentemente comprou uma mala no padrão Ryan Air e me emprestou. Ótimo.

Karine viu o horário do ônibus mais apropriado para irmos para o aeroporto e saímos de casa as 5h30, debaixo de muita chuva e eu descobri que a mala que eu arrumei emprestada era manca.

Os ônibus em Dublin nunca atrasam. Tem um aplicativo para celular com os horários e você pode confiar. Além disso, você consegue acompanhar a rota em tempo real. Mas... Claro que estando eu envolvida no passeio, chegamos ao ponto e o ônibus tinha passado muito adiantado... Na tabela de horários do ponto indicava que o próximo passaria em 40 minutos, o que não resolveria mais pra gente.

Quando começou a bater o desespero, apareceu um táxi e chegamos ao aeroporto em tempo de fazer tudo com calma e ainda tomar um café.

A conclusão que chegamos depois (eu, Leonardo e Kleiton): Karinão não queria ir de ônibus para o aeroporto e ai, pela primeira vez desde que estamos aqui o ônibus furou o horário... Falamos pra ela que, poxa, tivesse falado antes que queria ir de táxi e a gente chamava em casa... Não tomava chuva até o ponto.

Enfim, embarcamos. Eu tenho muito medo de avião, então já entro nervosa pra caramba. Ai, começamos a conversar (eu, Leonardo e Karine) e o Leonardo por incrível que pareça consegue falar mais alto que eu. Ele estava contando uma história e a gente chorando de rir, nem percebemos que começou aquela demonstração de segurança que as aeromoças fazem... Aliás, percebemos, assim que uma delas veio até o nosso banco e disse em alto e bom som:

- Se vocês não se importarem de a gente terminar a demonstração.

Que vergonha, levando bronca da aeromoça!


E isso foi só o começo...