segunda-feira, 23 de março de 2015

A Saga da Placa - Capitulo Final

Bacana é quando começa mesmo a parecer brincadeira...

Então, dez dias depois voltei ao Ciretran para retirar o documento. Sai de casa até calma, mas bem disposta a ser o Bombita[i] se algo desse errado.

Cheguei, peguei a fila e aguardei minha vez. Quando encostei no balcão a menina até sorriu:

- Oi! Chegou seu documento, finalmente!

- Nossa! Nem acredito, espero que esteja tudo certo.

Ela me entregou o documento e seguindo a recomendação da mocinha que fez o laudo fotográfico fui direto verificar campo das observações, e pra minha “não surpresa” o número do motor não estava lá como deveria. Eu suspirei, abaixei a cabeça e ela perguntou:

- Tem alguma coisa errada?

- Tem. O número do motor do meu carro deveria ter saído aqui no campo das observações.

- Não, não precisa disso.

- Então... me orientaram que precisa. Porque o carro é antigo, o número do motor não está claro no decalque, e ai tem que sair aqui.

- Sério? Nossa... eu não sabia disso.

- Aprendeu mais uma hoje hein?

Como das outras vezes ela saiu e foi falar com o supervisor:

- Olha, você tem razão, o número tinha que estar aqui. Como o erro é nosso, o supervisor disse que não é justo que você fique sem o carro. Então vou destacar o documento de compra e venda e reter aqui para enviar para a correção e você pode andar com esse documento até que o corrigido fique pronto. São cinco dias úteis. Ai você vem aqui e troca.

- Certo.. Você não acham justo eu ficar sem o carro, é muito generoso. Mas, com esse documento sem o número do motor, eu posso fazer o emplacamento?

- Emplacamento? Seu carro está sem placa?

(Puta que Pariu!!!!!)

Juro... É inacreditavel. Mais uma vez eu estava ali querendo pular aquele balcão e dar na cara de alguém.

- Está... está sem placa. Por isso estou fazendo todo esse tramite.

- Ah... Mas acho que pra emplacar pode ser esse mesmo. Já da uma descida ali e vê com o pessoal.
Eu desci, entrei na portinha do emplacamento. O cara nem me olhou, praticamente arrancou o documento da minha mão e disse que a placa estava lá. Voltei correndo para casa, peguei meu carro e fui lá emplacar, finalmente.

Cinco dias depois, voltei lá e consegui retirar o documento correto.

(Gasto do dia com estacionamento nesses dois últimos dias: R$ 10,00)

Fim.




[i] Se você não sabe quem é o Bombita, assista o filme argentino Relatos Selvagens. Leia sobre ele no melhor blog de cinema da internet: http://www.cdecaneca.com/2015/03/relatos-selvagens-por-cris-santana-e.html

segunda-feira, 16 de março de 2015

A Saga da Placa - Dia 08

Bacana é quando você decide desistir...

Sexta de manhã, acordei e fui atrás de um lugar para fazer o tal laudo fotográfico. Uma amiga minha disse que fazia perto da casa dela:

- Passa aqui! Eu vou com você!

Muito bem. Passei lá e fomos juntas. Chegando no local descobrimos que eles não faziam esse tipo de laudo... mas, me indicavam um lugar que fazia e que eu teria desconto por ser indicada por eles. Fui direto pra lá e ai, mais uma facada:

- Fazemos sim, senhora, o laudo. Fica R$ 100,00 com o desconto.

Cem reais! Mas eu não tinha outra opção. Então sentamos na salinha de espera (que pelo menos tinha WiFi e balas Sete Belo) e aguardamos. Foi bem rápido e ela me chamou:

- Olha só, ta pronto. Mas deixa eu te explicar. O laudo sai como reprovado porque o carro esta sem a placa na frente. Você esta fazendo o laudo justamente por isso e ele lá no Ciretran sabem disso então não tem problema. Você leva assim mesmo e eles vão dar entrada porque o que interessa é a foto do motor que está ai. Depois que você fizer tudo e o carro estiver emplacado você traz aqui de novo só para tirar um laudo aprovado, sem custo nenhum se você vier dentro de um mês.

- Certo... não tem problema esse reprovado?

- Não, não tem. E mais uma coisa, quando você for buscar o documento olhe no campo “observações”, tem que vir o número do seu motor escrito ali, se não vier nem retira o documento porque está errado.

Paguei o laudo reprovado e fui direto ao Ciretran. Minha amiga comigo. Peguei a fila da triagem e a moça me mandou direto na fila como se eu fosse retirar o documento, era pra eu entregar o laudo lá. Algumas pessoas na fila.... e eu:

- Oi, boa tarde, vocês me ligaram ontem dizendo que o decalque do meu chassis não passou... e que eu tinha que trazer um laudo fotográfico. Eu vim entregar.

Ela abriu o envelope, olhou o laudo e sem pestanejar retrucou:

- Esse laudo não serve pra nada. Está reprovado.

- Então... Ele está reprovado porque o meu carro esta sem placa... por isso estou fazendo toda essa documentação.

- Mas porque seu carro está sem placa? Você tem que pedir a placa então.

- Eu estou tentando. Há quase duas semanas. Mas estou encontrando muitos empecilhos. Mas, a mulher da vistoria me disse que o laudo vem reprovado mesmo. Porque o que importa é a foto do motor.

- Bom, ta certo. Então você tem que preencher esses dois papéis aqui e reconhecer firma por autenticidade desse primeiro.

Eu juro que tive vontade de voar no pescoço dela, Porque não é possível que só porque tem 325 placas dizendo que desacato a funcionários públicos é crime que eles se sintam tão no direito de fazer um cidadão de idiota. Eu respirei muito fundo, muito fundo e perguntei:

- Reconheço firma das duas folhas?

- Não. Só da primeira.

Minha amiga pegou o papel e perguntou ela:

- Dessa folha aqui não precisa?

- Não. Só da primeira.

Ai eu sai da fila e falei pra minha fiel escudeira:

- Olha só, chega. Não quero mais isso. Vou vender esse carro pra um ferro velho. O cara vende as peças e já era. Não precisa de placa.

- Não Salemme, calma. Olha, tem um cartório do outro lado da ponte. Nem precisa tirar o carro do estacionamento. Deixa ai e vamos caminhando e você já traz o papel de volta. Ai não perdemos o dia.

Eu estava tão de saco cheio já, que não conseguia raciocinar mais. Então, meio que por inércia, fui caminhando até o cartório. Choveu. A gente não tinha guarda chuva. Chegamos lá absolutamente molhadas. Mas tudo bem. Eu reconheci a assinatura e voltei para o Ciretran. Peguei de novo a fila e quando entreguei o papel para a menina que estava lá (que já era outra) ouvi o que eu já devia esperar:

- Você tinha que reconhecer firma nas duas folhas.

- Não! Eu não tinha! Eu não tinha porque eu perguntei três vezes pra mulher que me atendeu aqui e pediu esse papel e ela confirmou que era só a primeira. Eu não vou voltar lá no cartório. Chega. Já perdi a conta de quantas vezes vim aqui e eu não aguento mais.,

- Quem falou que não precisava?

-  A mulher que me atendeu trinta minutos atrás. Uma senhora de óculos.

- Mas é que ela não trabalha aqui nesse setor

- E a culpa é minha? Ela que chamasse alguém pra ter certeza. Eu não vou embora sem resolver.

Ai, a fila já começou o barulho. Todo mundo falando que já tinha ido lá várias vezes, que eles fazem todo mundo de trouxa. (e o pior aqui foi a funcionária dizer: - Estou pra ver o dia que as pessoas vão resolver as coisas aqui num dia só. Todo munto vem pelo menos três vezes) Nisso, a menina que me atendeu das outras mil vezes me viu, perguntou o que estava acontecendo e tentou ajudar. Foi falar com o supervisor e voltou:

- Olha, como o seu caso tem laudo fotográfico vai passar com uma só reconhecida. Pode vir buscar seu documento na outra terça.

Ou seja, mais dez dias sem carro.

(Gasto do dia com estacionamento: R$ 12,00)


Continua no próximo capitulo.

quinta-feira, 12 de março de 2015

A Saga da Placa - Dia 07

Bacana é quando você é muito feito de trouxa...

Quinta feira a tarde toca o telefone:

-  Sra. Danielle?

- Eu mesma.

- Aqui é do Ciretran de Santo André, estou ligando pra informar que o decalque do motor do seu carro não foi aprovado, então a Sra. precisa trazer um laudo fotográfico do motor para que a gente possa dar andamento na sua solicitação.

- Laudo? Fotográfico? Mas... onde eu faço isso?

- No DENATRAN Sra. Ficamos no aguardo, boa tarde.

Eu nem consegui responder nada... Tamanha era minha revolta porque PORRA! Porque o cara que fez a vistoria já não me avisou que o decalque não ia passar ao invés de simplesmente me dizer “boa sorte”??? Porque nenhuma das meninas que conferiu a documentação (mais de uma vez) me avisou que o decalque não estava bom? Pra que me fazer esperar três dias... Eu fiquei num estado de nervos... que só por Deus. Como eu estava na rua, liguei pra Bruna e pedi pra ela ver na internet onde era o DENATRAN mais próximo da minha casa para que eu levasse o carro no dia seguinte bem cedo. Eis a resposta:

- Então amor... DENATRAN pelo que eu estou vendo aqui... só em Brasília. Acho que você tem que ir em algum lugar “filiado” ao DENATRAN.

Pronto... Era só o que me faltava. Pela falta de vontade da menina de me dar informações corretas e claras se eu fosse fazer o que ela disse tinha que ir com o carro sem placa até Brasília! Porque ela não disse filiada... Ela só disse DENATRAN.

Enfim, não adiantava espernear... No dia seguinte eu ia atrás do tal laudo fotográfico.

Mais um dia sem carro e sem expectativas...


(Gasto do dia com estacionamento: não houve)

Continua no próximo capitulo...

quarta-feira, 11 de março de 2015

A Saga da Placa - Dia 06

Bacana é quando você decide manter a calma, custe o que custar!

Dia seguinte eu acordei cedo de novo, fui ao banco antes de abrir e peguei a fila com os aposentados. Dessa vez já fui ao caixa eletrônico e imprimi o protocolo para subir. Passei pelo mocinho da senha e fui para o caixa com a senha CX 003, não ia demorar.

Quando me chamaram eu fui caminhando até o caixa decidindo se eu ia pedir pra chamar a gerente e mandar ela pra aquele lugar ou se eu seria uma pessoa do bem. Encostei no caixa e entreguei o protocolo e o dinheiro:

- Moça... Deixa eu te falar... Eu estive aqui ontem pra pagar essa mesma taxa e mesmo com a orientação da sua gerente eu paguei errado... Porque essa taxa que eu paguei nem existe mais...

- Não existe? Mas ta no caixa eletrônico?

- Sim, está.

- Nossa, muito obrigada por dizer, vou avisar o pessoal pra gente ficar de olho caso alguém venha pagar errado também.

E assim, fazendo o papel de boa menina sai e fui direto ao Ciretran. E de novo tive que passar pela triagem. Na minha vez, a mesma atendente:

- Ué... Você de novo?

- Pois é... Parece que eu paguei uma taxa errada ontem.

- Não! Eu vi essa taxa que estava errada. Você não viu que eu fui com as suas coisas ali na mesa do supervisor? Ele falou que podia dar entrada com aquele pagamento mesmo.

- Pois é, mas a sua coleguinha ali da sala dois disse que não podia e me mandou voltar.

- Ah, nossa.. Bom, agora já foi né?

- É... Agora já foi.

Peguei a senha e voltei para a sala dois. Dessa vez demorou menos. Com muita sorte peguei de novo, a mesma atendente do dia anterior:

- Pronto, ta aqui a taxa certa. Aliás, a menina da triagem falou que eu podia ter dado entrada com aquela taxa.

- Não podia não. Eu perguntei e confirmei com meu supervisor.

- Acho que seria interessante o seu supervisor conversar com o supervisor dela... porque eles estão dando informações desencontradas!

Ai, sem me dizer mais nada ele me deu dois protocolos: um pra voltar na quinta feira e pegar a solicitação de reembolso da taxa que eu paguei errada e um para voltar na sexta e retirar o documento do meu carro.

Eu tinha que aguardar mais 3 dias.


(Gasto do dia com estacionamento: R$ 18,00)

Continua no próximo capitulo...

terça-feira, 10 de março de 2015

A Saga da Placa - Dia 05

Bacana é quando as pessoas fazem questão de não ajudar... em nada

Nossa tentativa de fazer decalque foi melhor que a do mecânico. Dava pra ver todos os números. De fato, os primeiros números estavam mais fracos, mas dava pra identificar. Então fui pra vistoria.

Chegando lá dei a grande sorte de não ter ninguém, entrei direto e parei o carro no local indicado. Desci e entreguei os papéis para o homem (que não olhou na minha cara), foi até o carro e levantou o carpete pra olhar o chassis. Carimbou e assinou o papel e me disse: - Boa Sorte.

Eu sabia... eu senti que esse boa sorte não foi bom... E estava puta porque gastei dinheiro no auto elétrico e ele não viu nada disso na vistoria. Mas enfim, subi para levar a papelada. Peguei a fila da triagem que foi até rápida e entreguei tudo pra menina. Ela foi conferindo tudo, foi até outra mesa na sala, mostrou alguma coisa nos papeis pra um cara que balançou afirmativamente a cabeça, voltou e me entregou tudo com uma senha para aguardar na porta da sala 02.

Minha senha era N 056. Eles chamavam todas as letras do abecedário, menos a letra N. E quando chamou era N 048. Até voltar o N de novo...

E finalmente, chamou. Entrei e entreguei tudo:

- Não posso dar entrada com essa documentação porque a senhora pagou uma taxa errada.

- Taxa errada? Que taxa?

´- A do emplacamento.

- Mas eu perguntei pra mulher do banco, ela confirmou que era essa.

- Não. A senhora tinha que pagar uma de  R$ 106,40 não essa aqui.

- Então... Mas ela disse que era a mesma taxa mas que com essa o documento ia pra minha casa.

- Senhora, para o documento ir pra sua casa você tem que pagar a taxa de postagem no licenciamento. Não no emplacamento. Essa taxa que a senhora pagou é para a placa ir pra sua casa. Mas isso não pode ser feito com carro usado. Aliás, só um minuto.

(Eu fervendo de raiva, ela foi numa outra mesa, falou com uma outra pessoa e voltou)

- Isso mesmo, e nem pra carro novo tem essa opção mais, essa taxa que a senhora pagou não existe.

- Mas ela está disponível no menu do banco.

- Pois é, mas não existe.

- Tá... e agora?

- Agora a senhora tem que ir pagar a taxa certa e trazer aqui com duas cópias da taxa errada e eu vou dar entrada num pedido de reembolso que a senhora vai ter que levar num posto da secretaria da fazenda pra solicitar o reembolso.

E assim, mais um dia foi perdido...


(Gasto do dia com estacionamento: R$ 12,00)

Continua no próximo capitulo... 

segunda-feira, 9 de março de 2015

A Saga da Placa - Dia 04

Bacana é quando começa a parecer que não vai dar nada certo...

Decidi que a melhor estratégia era chegar ao banco antes de abrir, pegar a fila com os aposentados e assim, tentar perder menos que 2 horas na fila. Cheguei às 09h30, já tinha umas 06 pessoas na minha frente. Às 10h a porta giratória foi liberada e começamos a entrar. Um funcionário fica distribuindo as senhas de acordo com o serviço:

- Vim pagar taxas de licenciamento, emplacamento e transferência.

- Primeiro tem que retirar os protocolos para pagamento no Caixa Eletrônico e depois subir para efetuar o pagamento.

Ou seja... Não adiantou nada a fila que peguei antes. Mas... Tudo bem. Fui ao caixa eletrônico e comecei seguir as instruções. Imprimi o protocolo para licenciamento. Imprimi o protocolo para emplacamento e quitação do IPVA. E fui imprimir o do emplacamento. Dentre às zilhões de opções tinha duas muito parecidas que eram:

PAR DE PLACAS C/ TARJETAS – VEIC. USADO (DO
R$ 164,80
PAR DE PLACAS C/ TARJETAS – VEIC. USADO (DET
R$ 106,40

Eu precisava de um par de placas com tarjeta, mas não havia nenhum jeito de ler o final das frases... Optei pela primeira opção e subi para os caixas com a senha CX 18 (eu era a SÉTIMA da fila quando cheguei...). Aguardei ser chamada e entreguei todos os protocolos perguntando:

- Essa taxa de emplacamento, tem duas opções no caixa eletrônico, mas não da pra ler o final do parêntese, ta cortado. Os valores são diferentes e eu queria ter certeza de pagar a taxa correta.

- Vixi moça, não sei, vou falar com a gerente.

Vem a gerente:

- Seu carro é usado?

- Sim.

- Vai trocar de município?

- Vai.

- Então é essa taxa.

- Mas qual a diferença pra outra?

- Que essa aqui o documento vai direto pra sua casa e você não precisa ir retirar no Ciretran.

- Ah sim. Então tudo bem. Obrigada.

Sai do banco com todas as taxas pagas e fui para um mecânico para tirar o decalque do chassis e do motor.

- Então... O decalque do seu motor não esta saindo completo... O carro é antigo, já está meio apagado o começo... Da pra ver mas ta difícil...

Ai eu já me desanimei... Liguei pra Bruna pra dizer que achei que não ia passar o decalque e ela:

- Com que lápis ele fez esse decalque?

- Oxi... com um lápis que ele tinha lá.

- Danielle! Decalque não da pra fazer com um Faber Castell comum! Não leva o carro hoje não. Eu vou levar um lápis certo e o adesivo de decalque. Aí, você leva na vistoria com isso certo já.

Já que eu ia ter que adiar por mais um dia a ida ao Ciretran, levei o carro no auto elétrico pra dar uma revisada em todas as lanternas e no limpador traseiro que está com mau contato.

Porque eu não queria problemas na vistoria.


(Gasto do dia com estacionamento: R$ 12,00)

sexta-feira, 6 de março de 2015

A Saga da Placa - Dia 03

Bacana é quando sai quase tudo certo!

Já com a lista de documentos e taxas em mãos, liguei para o antigo proprietário do carro e marquei para irmos assinar o recibo de compra e venda. Ele me passou o endereço do cartório onde tem firma e perguntou se eu sabia onde era.

Sim, eu sabia. Eu não não sabia que nessa rua tinham dois cartórios...

Então, fui pelo caminho que eu conheço, deixei o carro num estacionamento e entrei no tabelionato. Procurei por ele e nada. Liguei:

- Oi Dani! Cadê você?

- To aqui, cadê você?

- Ué, to aqui, até troquei de senha com uma mulher aqui porque ia chegar minha vez e você não chegou...

- Mas eu estou aqui e não estou te vendo. tem outro andar?

- Não... Em qual cartório você está? Tem dois nessa rua... O certo é o mais próximo ao centro.
- (...) ta bom, to descendo.

Dei dez passos fora do cartório e desabou a chuva... Dei aquela corridinha básica que acaba  te molhando mais e cheguei. Fomos atendidos rapidamente assinamos tudo e eu até achei que tudo ia se resolver muito rápido.

O próximo passo era ir ao banco. Mas como já era depois do almoço, decidi ir no dia seguinte no primeiro horário.



(Gasto do dia com estacionamento: R$ 10,00)

(Continua no próximo capitulo...)

quinta-feira, 5 de março de 2015

A Saga da Placa - Dia 02

Bacana é quando você resolve esperar o B.O para andar com o carro sem placa com tranqüilidade.

Após fazer o B.E.O (Boletim Eletrônico de Ocorrência) você tem que esperar que ele seja enviado para o seu e-mail. Então, quando acordei na manhã seguinte lá estava o B.E.O. Então ficou tudo muito fácil: eu levaria a Bruna para o trabalho, ela imprimiria o B.O pra mim e eu subiria a serra tranqüila para tomar as providencias.

Quando peguei o B.O impresso na mão e fui conferir tudo, na última linha estava escrito em letras garrafais: ESSE B.O. NÃO AUTORIZA A CIRCULAÇÃO DO CARRO SEM A PLACA
Ou seja...
Tive que subir arriscando, tentei cortar o máximo de caminho pra chegar bem próximo a serra e quando estava passando pelo último posto policial antes da subida... lá vem ele... o guarda rodoviário andando na pista na minha direção. Parou exatamente na frente do meu carro. Dei seta pra encostar já calculando gastos com pátio e tudo mais e ele apontou o caminhão que estava na pista ao meu lado e mandou ele encostar (Ufa, não foi comigo) e eu segui viagem sem problemas. Aí aproveitando a maré de sorte, fui direto ao Poupa Tempo, no Detran, para saber o que eu precisava fazer para regularizar a situação:

-  Senhora, o poupa tempo não faz nada relacionado a documentos e placas. A sra tem que ir no Ciretran da sua cidade.

Aí, toca pro Ciretran. Cheguei lá, tinha toda a população de Santo André na fila na minha frente, aguardei ser chamada e tentei explicar minha situação:  

- Boa tarde, roubaram a placa do meu carro e ...

- Tem que preencher esse papel e ir na sala 4 (sem nem levantar a cabeça pra me olhar...)

- Então... é que eu comprei o carro a pouco tempo e ainda não está no meu nome, então eu preciso...

- Só o proprietário pode resolver (e guardou o papel que ela estava me dando)

- Será que eu posso terminar uma frase?

(Finalmente ela me olhou... com aquela cara de “vai, fala”, mas me olhou)

- O carro ainda não está no meu nome e eu queria saber se posso aproveitar e fazer a transferência, porque haverá mudança de município. Assim, pago a placa uma única vez.

- Pode. Preenche isso aqui, traz cópia dos documentos que estão na lista e paga essas taxas no Banco do Brasil.

- Tem que ser Banco do Brasil

- Tem.

- Ok, Obrigada.

A primeira providencia era ligar pro antigo dono e marcar pra assinar o recibo de compra e venda. Marcamos para o dia seguinte...


(Gasto do dia com estacionamento: R$ 10,00)

(Continua no próximo capitulo...)

terça-feira, 3 de março de 2015

A Saga da Placa - Dia 01


Bacana é quando você quer ir ao cinema e a placa do seu carro some... Em plena terça feira, eu estava na casa da Bruna e íamos ao cinema a noite. Sai para buscá-la no trabalho e quando estou encostando ela me olhou com uma cara que eu achei que estava umas 2 horas atrasadas. Aí, ela vem até a janela e me pergunta:

- Cadê a placa do carro?

- A placa?

- É. A placa. O carro está sem placa.

Fizemos o caminho de volta, fomos onde o carro estava estacionado... e nada. Difícil saber se caiu ou roubaram e também não faria diferença... Fui até a delegacia fazer o B.O:

- Boa tarde, acho que roubaram a placa do meu carro

- Faça um B.O pela internet
(porque meu Deus se não tem ninguém aqui... porque não abrir o B.O pra mim...)

- Tudo bem... Mas eu sou de Santo André, vou ter que resolver tudo isso lá... eu posso subir com o carro sem placa e com o B.O?

- Não sei não.

(...)


Fomos pra casa, fizemos o B.O pela internet, comemos pizza e jogamos vídeo game. Era o que nos restava naquele momento...

(Continua no próximo capitulo...)