quarta-feira, 31 de julho de 2013

Em qual banco é?

Bacana é quando seus amigos começam a prestar mais atenção no que acontece ao redor, e tem histórias para contar também.

Hoje vai mais uma de um amigo meu...

O Rapha é um amigo muito querido. Profissional de primeira linha que trabalha pra cacete e por isso vive correndo.
Nessas, entre uma correria e outra foi ao banco pagar um conta.

Entrou no Santander, deixou a mochila no guarda volume para não passar nervoso naquela bendita porta giratória, e por sorte tinha apenas uma pessoa na frente dele. Mas como nada é perfeito, era uma pessoa que já tinha uma idade bem avançada, tipo entre 85 e a morte.

Cada explicação que a atendente dava a Sra. demorava uns bons minutos para assimilar... A hora passando, ele precisando ir trabalhar e nada. Até que ele se irritou (eu teria me irritado bem antes...) e foi tentar ajudar a mulher. O problema era bem simples: ela queria resolver um problema do Bradesco... (é, não ia rolar!)

Ai, sendo mais eficiente do que a moça do caixa, ele conseguiu explicar para a Sra. que “talvez” o Santander não fosse a melhor opção naquele momento, pagou a conta e foi correndo para o trabalho.

Eu que já trabalhei com ele sei a dificuldade de estacionar o carro naquela região, depois de muita procura e provavelmente muito em cima da hora ele estacionou o carro e quando foi pegar a mochila...

... entrou no carro de novo e voltou correndo para o banco para pega-la no guarda volume!

Espero que ele tenha voltado pro Santander... e não para o Bradesco!



terça-feira, 30 de julho de 2013

Joga o balde!

Bacana é quando você descobre que seus amigos conseguem fazer tantas burradas quanto você.

Estavamos aqui contando uma histórias estranhas que acontecem com a gente e a Karinão me solta a seguinte pérola...

Um dia, ela lavando a louça na casa dela no Brasil, percebeu que tinha algo estranho com o encanamento. Olhou no armário embaixo da pia e descobriu que o sifão estava quebrado. Como já era noite não seria possivel comprar outro aquele dia então resolveu deixar tudo limpo e seco para só trocar no dia seguinte.

Processo normal de faxina: tirou tudo que estava embaixo da pia, pegou um pano, um balde e começou a secar.

Passava o pano na água empoçada, torcia o pano enxarcado no balde...

Passava o pano na água empoçada, torcia o pano enxarcado no balde...

Passava o pano na água empoçada, torcia o pano enxarcado no balde...

...e assim sucessivamente.


Trabalho concluido, tudo seco e limpo.

Para esvaziar o balde cheio de água onde o pano foi torcido, ela não teve dúvidas: despejou o balde na pia.

E aí, foi começar tudo de novo...


segunda-feira, 29 de julho de 2013

O amigo de um amigo...

Bacana é quando aquela história do “amigo do meu amigo” acontece com você...

Sabe quando alguém tem vergonha de contar algum acontecimento da própria vida e ai começa assim: tem um amigo meu, que uma vez... E você na hora pensa:

- Amigo? Sei!!!!!

Só que as vezes é verdade... É um amigo mesmo!

Um amigo meu aqui em Dublin teve um problema que muitas pessoas tem vergonha de dizer que tem... Hemorróida.
Passou maus bocados, não queria ir ao médico (homens!) e resolveu por conta própria tomar um analgésico para a dor e passar uma pomada.

Adivinha se ele queria ir na farmácia comprar?

Agora adivinha quem é que foi comprar pra ele?

Humpf!

Lá fui eu, pesquisar como falar hemorróida em inglês e entrar na farmácia com a maior cara de pau. Aqui, muitos remédios precisam mesmo de receita pra comprar e eu não sabia se era esse o caso. Enfim caminhei até o balcão:

- Por favor, eu preciso de uma pomada para hemoróida...

Nem consegui terminar a pergunta, ela já virou pra prateleira do lado dela (isso deve ser um problema comum aqui, porque a pomada estava super a mão, como se fosse um anti gripal), pegou a caixinha e estendeu pra mim com uma cara de dó...

Meio sem graça, perguntei:

- Não precisa de receita?

Ela só balançou a cabeça negativamente, com aquele pesar nos olhos.

Perguntei quanto custava e dei o dinheiro querendo sair dali o quanto antes. Ela me deu o troco, colocou a pomada num pacotinho e me devolveu com aquele olhar onde se lia: - Good luck sweetheart! I know, it is not easy...


Damn! Não tem nada errado com meu **!

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Tomar um banho de chuva...

Bacana é quando você descobre, quatro meses depois, o real valor de um investimento feito no seu primeiro dia em Dublin...

No dia seguinte à nossa chegada em Dublin, uma amiga que já morava por aqui nos levou para conhecer um pouco da cidade e as coisas mais necessárias... Mercado, centro, pubs, enfim...
Nisso, conhecemos uma loja aqui chamada Penneys, onde as coisas são realmente baratas!
Chegamos no fim do inverno, muito frio e chuva. E aí, estando na Penneys aproveitei para comprar coisas que julgava realmente úteis: uma blusa e um tênis impermeáveis.Ótimo investimento!

Nos primeiros dois meses choveu horrores e eu sempre com minha blusa pra cima e pra baixo. Mas na verdade era uma garoa, sabe aquela chuva fininha e constante? Que enche o saco? Que quase não te molha mas mesmo assim te incomoda? Então, essa.
Do meio da primavera pra cá, nada de chuva. Muito pelo contrário. Muito calor e sol. (Estou até pensando em reclamar na agência... comprei o pacote com 200 dias de chuva e frio, cadê?)
Para não haver desapontamentos, anteontem a noite choveu. Uma pancada forte mesmo, ainda não tinha visto chuva assim por aqui. E parou.
Ontem dia bonito.
Hoje fui pra escola com sol e sai com uma pancada forte de chuva de novo, e na sequência mais sol... tempo louco.
Aí, saímos eu, titia e um amigo para tomar um café medieval numa igreja (que a titia ia ficar doente se não fosse) e visto a sequencia metereológica acima, levei minha citada blusa impermeável. Ficou amarrada na cintura quase o passeio todo, e quando estavamos na rua... voltando pra casa... Despencou aquela pancada de chuva... E sem ter onde se esconder, continuamos até chegar em casa.


Por mais que eu já tivesse usado ela muitas vezes... Foi hoje que eu vi como o investimento foi bom! Cabelo seco. Camiseta seca. Celular e carteira salvos por um bolso interno.

E se eu falar quanto eu paguei...

sábado, 20 de julho de 2013

Amigo estou aqui!

Bacana é quando você tem a sorte de ter tantos amigos especiais que você “rebola” pra fazer alguma coisa bacana e homenagea-los no dia do amigo!

Há uma semana aprendi a tocar uma música de um desenho animado que eu gosto muito! E ai, tive um “click” de usa-la para fazer alguma coisa no dia do amigo.
Decidi fazer um filminho e publicar no face e ai, alguns problemas:

  1. Eu não sei como fazer (e ai descobri que eu tenho que ter um tal de Windows Moviemaker no meu PC).
  2. Instalei o Moviemaker (e ai descobri que a versão que eu baixei não roda no meu note e não consegui achar uma que rode, porque eu manjo muito dessas coisas)
  3. Decidi fazer uma apresentação de PowerPoint só com a música no fundo (e ai descobri que eu não sei fazer isso também).
  4. Minha tia disse que sabia e ia me ajudar (e ai descobrimos que no programa que eu uso como PowerPoint – que não é o da MicroSoft – não dá pra fazer isso)
  5. E finalemente, tivemos a brilhante idéia de fazer como vocês verão abaixo.

Foram muitas tentativas frustradas, muitas... Colocamos móveis, um em cima do outro pra fazer um tripé, depois resolvemos que era melhor segurando a câmera... ai a gente não conseguia enquadrar, a luz não dava certo. Abre cortina, fecha cortina. Acende a luz, apaga a luz. E finalmente fizemos um que ficou muito bom. E eu errei a última nota na música... e não queria deixar assim. Começamos tudo de novo...

Making Of

Making Of

Making Of

Making Of




Essa tentativa estava ficando boa também... mas a memória do iPhone da minha tia estava cheia, e faltando uns 30 segundos pra acabar o vídeo, ele parou de filmar por falta de espaço... e tivemos que fazer de novo!

Tentamos filmar da TV, voltamos para o note e ai sim, fizemos uma boa e sem errar. E quando fui assistir... tinha esquecido de algumas pessoas muito queridas... e tive que montar outra apresentação e começar tudo de novo...

Isso tudo foi um dia que a Karine não estava em casa, pra ser surpresa pra ela também... E ai, quando dei falta das pessoas tive que filmar ontem. Aproveitei a hora do banho. Ela entrou no banheiro nós montamos tudo e começamos a filmagem... E ela resolveu, justo ontem, esquecer de pegar alguma coisa e entrar na sala enquanto a gente filmava... Aquele desespero pra pausar, quase derrubamos tudo no chão... e começamos tudo de novo!


Enfim... Espero não ter esquecido ninguém dessa vez... É um vídeo bem, bem caseiro... A voz da cantora também não contribui muito não... Mas foi feito com muito carinho... É só uma pequena homenagem a quem faz a minha vida muito mais feliz!


sexta-feira, 19 de julho de 2013

Macumba no castelo....

Bacana é quando o sotaque Irish se mistura com uma lingua presa básica...

Domingo fomos até a cidade vizinha (Trim) para visitar uns castelos. O primeiro que fomos é utilizado para fazer shows, é um lugar lindo. Uma paisagem maravilhosa. O castelo em si é pequeno... e muito caro pra conhecer por dentro. Ficamos satisfeitos com a vista exterior!

Dai, seguimos para o próximo... Esse sim... Que castelo! Igual esses de filme mesmo, uma torre em cada ponta do terreno, o castelo principal no meio... todo em ruina... animal!
E nesse achamos que ia valer a pena pagar pra conhecer por dentro!

E valeu a pena! É fantástico... Foi nesse castelo que filmaram “Coração Valente”, mas...

... o guia tinha (além do sotaque Irish) a lingua presa... Mas ok, perdemos algumas explicações, algumas vezes só dava pra entender umas palavras soltas, mas foi ótimo.

No mais, era fácil... todo mundo ria, eu ria...todo mundo fazia “ooooo” eu fazia “ooooo” e assim correu tudo bem.

Fim do passeio, fui ao banheiro e descobri que acho que tem mais gente que não entende o que guia fala...

Abrindo a porta, me deparei com isso:






Certeza que é macumba pra soltar a lingua do cara!

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Faca verde

Bacana é quando você percebe que tem cada “figura” trabalhando e você não acha emprego...

Sexta passada fui fazer um curso aqui que supostamente vai me ajudar a encontrar um emprego. É um curso bem básico de manuseio de comida, armazenamento, higiene, enfim, tem muito PUB e restaurante que só contrata se tiver esse curso. Pois bem, fui fazer.
O curso é MUITO básico. Se fosse um curso de matemática teriam ensinado a tabuada só até a do 5 saca? Então, tranquilo.

Ai o professor colocou um slide na tela, para ensinar as diferentes cores de identificação das facas e o que elas cortam. Ainda com o slide lá ele foi perguntando um a um para que servia cada faca, na dúvida, era só olhar. Claro que não tinha o nome de cada alimento... mas se o cara te pergunta qual faca usar para cortar um brócolis cru, diga que é a faca para verduras cruas... não é tão complicado SE você souber o que é um brócolis.

Pois bem, pergunta pra um, pergunta pra outro e ai, como sempre tem um...

- Fulano, que cor de faca usamos para cortar salmão defumado?
- Salmão defumado?
- Isso.
- Verde.
- Não. Verde é para verduras cruas.
- Ah...
- Você sabe o que é Salmão?
- Sim. É um peixe.
- Sabe o que é defumado?
- Sim.
- Então, qual a faca certa para cortar?
- A verde
(...)
- Não não. Olha ali, a verde é para verduras cruas certo?
- Aham
- Então, se a verde é para verduras cruas e Salmão é peixe, qual a faca que devemos usar?
- No salmão defumado?
- Isso
- A verde.

... meu PARA! Para porque no final do curso minha amiga trocou uma idéia com esse cara e ele ESTÁ trabalhando...


Mereço?

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Acomodação

Bacana é quando é quando você não encontra casa e tem que morar em acomodação...

Quando vim pra Dublin estava no meu “pacote” de intercambio um mês morando na residencia da escola. Muito bem.
Foi muito dificil arrumar casa, muito dificil. A maioria das imobiliarias quer comprovante de que você já esta trabalhando, quer referencias, complicado...
E ai, acabou o primeiro mês e não tinhamos onde morar. A solução foi buscar uma acomodação estudantil. A primeira que fomos visitar era longe pra caramba da escola, e morava umas mil e trezentas pessoas mais ou menos (rsrs). Exageros a parte, era muita gente e pra fechar um quarto só para nós quatro (que viemos juntos) ficava caro demais.
Fomos visitar uma outra, menor um pouco e conseguimos um preço bom para fechar um quarto só pra gente. Ficamos com essa enquanto não achavamos o nosso canto.
Mas claro... não foi fácil como parece.
No dia da mudança o responsável da acomodação ligou para dizer que houve um “pequeno problema” com as reservas e que teríamos que dormir 3 noites em quartos separados (Duas em um quarto e os dois no outro) e depois mudaríamos para o mesmo. Sem opção... ok.
No quarto em que eu fiquei tinha uma cama de casal onde dormia uma menina, minha amiga pegou a cama de baixo do beliche e eu em cima. Tranquilo.
Primeira noite, maravilha.
Na segunda noite, acordei com um ronco muito alto... Pensei: porra! A mina ronca que nem homem! Quando virei para o lado pra me ajeitar na cama, surpresa:
Tinha um cara dormindo na cama de casal. A mina toda encolhida no cantinho da cama e o cara esparramdo, com a camiseta puxada na altura do peito, a barriga peluda toda pra fora, a mão dentro da bermuda e roncando... Quando eu pensei “não falta mais nada” ele peidou.
Mas aqueles peidos que até deu uma tremida na parede.


Sempre pode piorar.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Sorry!

Bacana é quando você incorpora as palavras ao dia a dia e para de pensar. Tem algumas coisas que saem da minha boca antes que meu cérebro assimile o que aconteceu...

Outro dia eu estava resolvendo um problema no telefone e tendo que responder um monte de perguntas...
Já comentei em outro post (ou no facebook) que o sotaque irlandes é complicado... no telefone então, mamãe! E eu estava na rua, barulho, ou seja, impossível!
Eu e minha amiga entramos então em um café para ter mais silêncio. Sentei em uma mesa enquanto ela foi providenciar dois chocolates quentes, e eu no telefone.
Diferente do Brasil aqui não rola essa de “até o último cliente”, deu o horário, fecha e pronto.
Como faltavam 5 minutos para fechar o café, a mulher só ia nos servir se fosse pra viagem. Ok, eu ganhava uns minutos para falar no telefone em paz enquanto ela preparava os chocolates.
As bebidas ficaram prontas, eu levantei para sair do café ainda falando ao telefone e, sem prestar atenção, ao invés de puxar a porta eu empurrei.
Quando deu o tranco eu não tive dúvida, levantei a cabeça, olhei para a porta e disse:

- Sorry!

E eu só percebi o que eu tinha feito quando minha amiga perguntou:

- Pediu desculpa pra quem? Pra porta?

É... Acho que sim!


quinta-feira, 11 de julho de 2013

Seguro saúde...

Bacana é quando você contrata o seguro saúde e não presta atenção em meleca nenhuma.
Antes de vir para Dublin e depois de muita cotação, resolvemos fechar um seguro que era mais barato (bem mais) mas que teriamos que pagar uma fraquia caso precisassemos usar. Pois bem, um de nós precisou!
Quando pegamos a apólice o primeiro erro: não tem nenhum número de telefone para a gente ligar em caso de emergência.
Pra isso temos o google. Pesquisei a empresa e os únicos telefones de emergência que tinham era um do Brasil e um do Chile (a empresa é chilena). Sem condições de ligar do celular pra fora, achei um e-mail no site e mandei uma mensagem explicando a situação. Em menos de 2 horas recebi uma ligação para confirmar dados e fui informada que dentro de instantes saberia o procedimento. E em poucos minutos recebemos um SMS com os dados da clínica que teriamos que ir. Não contentes, ainda ligaram de novo para saber se estava resolvido e se colocaram a disposição para qualquer eventualidade.

Puta atendimento bacana!

Chegando na clínica, ninguém sabia de nada... Repondemos o SMS e ao mesmo tempo já mandei outro e-mail. SMS imediatamente respondido, com mil desculpas.O médico chamou, resolveu tudo e já estavamos na farmácia comprando os remédios quando meu celular toca, mesmo número que me ligou de manhã:
- Sra. Daniela?
- Não. DaniellE
- Oi Sra. Danielle, aqui é do seguro viagem e estou ligando para informar que vocês não são segurados pela nossa empresa.
- Oi?
- Isso, e por isso a pessoa que esta precisando não poderá passar pelo médico.
- (mas já passou...) desculpa não entendi, como assim não somos segurados? Se eu mandei um e-mail para o endereço emergencial de vocês e vocês me ligaram de volta e pediram o número da apólice e deram andamento?
- Dar andamento em qualquer solicitação é o procedimento normal.
(Oi? Sem confirmar o número da apólice?)
- hum
- Nós verificamos e esse número é de uma empresa chilena.
- Sim eu sei, foi no site deles que peguei o endereço de e-mail que usei de manhã. E que vocês me responderam.
- Claro, porque respondemos todos os e-mails.
(Oi???! Ainda que não sejam pra sua empresa??)
(Silencio)
-Bom, só preciso que a Sra. entenda que vocês não são nossos segurados e por isso não podem ser atendidos. A sra. compreende?
Olhei para os remédios já comprados (receitados pelo médico, após a consulta). E falei:
- Fique tranquila, compreendo.

Desliguei, coloquei o celular no bolso, peguei a sacola de remédios e pensei... What a fuck?

terça-feira, 9 de julho de 2013

E se foi a grande chance da minha vida?

Bacana é quando numa festa aparece a “oportunidade da sua vida” e você recusa!

Estou eu tocando meu violão numa festinha por aqui e de repente chega um convidado (na verdade nem tenho certeza se era convidado... porque os donos da casa não sabiam nem quem ele era e nem quem o tinha trazido). Assim que eu parei de tocar para “molhar a garganta” ele veio atrás de mim  e me estendeu a mão.
Após os cumprimentos, me vendo ali toda feminina como sou (Camiseta surrada, jeans, All Star e essas minhas longas madeichas), ele pergunta:

- Are you a girl?

Ai já comecei a rir...

- Depende!
- Não não não... Sou hetero! To perguntando porque eu tenho uma amiga... e a hora que eu olhei pra você, tive certeza de que você é a pessoa ideal para ficar com ela! Antes de ir embora quero seu facebook, vou colocar vocês em contato. Eu olhei pra você quando eu entrei, e sabe, eu senti que você é a pessoa certa pra ela.

Ainda sorrindo mandei um ok e praticamente entrei na geladeira em busca de outra cerveja.
Enquanto eu descansava um pouquinho os dedos, alguém tinha assumido o violão no meu lugar e comecei a bater um papo com o pessoal. Mas, o cupido voltou:

- Então! Tenho certeza que vocês foram feitas uma pra outra! Você vai fazer ela muito feliz. Eu entrei, olhei pra você e sabe (colocou a mão no peito) eu senti!
- Poxa...
- Não esquece de me dar seu facebook, ela é linda!
- Ok.

Fui ao banheiro. Sai e procurei uma outra rodinha (estratégicamente afastada e um pouco fora do campo de visão do anjo das flechas). E de repente, uma mão no meu ombro:

- Meu! Você vai ficar aqui em Dublin! Você vai casar com ela!

E ai meus ouvidos captaram alguém pedindo uma música que o “violeiro do momento” não sabia, foi a minha deixa. Sai e assumi o violão. Toquei uma sequencia de 5 ou 6 músicas uma emendada na outra, sem pausa. E quando eu parei...

- Ah! E você não sabe! Ela tem um estúdio. Ela vai produzir você tocando! Até nisso vocês vão se dar bem!
- Caramba! É meu dia de sorte hoje então!
- Você vai ver! Ela é demais...eu olhei pra você, quando eu entrei, e eu senti!
- Porra! Valeu! Valeu mesmo!

Chamei de canto a anfitriã, disse que ia sair à francesa, sem dar tchau para ninguém! Porque se ele percebesse eu indo embora, era capaz de eu sair dali com um enontro marcado tipo aquele pessoal que vai no “quer namorar comigo”.

Desci a escada em silêncio e a passos largos (tão largos quando minha perna permite) voltei pra casa.


Será que perdi a oportunidade de casar e de gravar um CD?

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Se hay gobierno, soy contra!

Bacana é quando você participa de um protesto sem saber o que esta sendo reivindicado...

Sábado de sol, eu e titia fomos passear para conhecer Dublin. O roteiro incluia castelo, igrejas, galeria nacional de arte e o museu de história natural.
Como habitual, fazemos tudo a pé. No caminho passamos por dentro do campus do Trinity College, resolvemos (acertadamente) almoçar na Galeria Nacional de Artes e seguimos para as igrejas. Tomamos sorvete e tal e no caminho para o Museu vimos uma “feirinha” de artes.
Obviamente minha tia quis olhar e ai descemos a rua (mudando um pouco o percurso) mas ia dar certo.
Saímos pela rua de baixo e fomos dar a voltar no quarteirão para pegar novamente o caminho do Museu e aí...

Aí viramos a esquina e tinha uma multidão de gente gritando, um ônibus com caixa de som e uma mulher falando (ou gritando) umas coisas impossíveis de entender no microfone. Enquanto tentávamos compreender o que estava acontecendo, a multidão passou, e nos levou.
De repente estávamos no meio do povo, só faltava o cartaz. E aí que, “quando em Roma, haja como os romanos”, começamos a gritar também. A histérica no microfone gritava “PRÓ” e o povo respondia “LIFE” e a gente junto!

Olha aí:




E fomos seguindo a rua. Quando chegamos no nosso destino a passeata seguiu para outro caminho, e ai o ônibus de som passou por nós e conseguimos descobrir o que estavamos pedindo:




Cumprido nosso dever cívico (ainda que involuntário), fomos para o museu. Caminhamos mais um pouco, viramos a esquerda, a direita e quando chegamos na rua que da acesso ao Museu... Era exatamente o final da passeata. Um palco montado e a gritaria concentrada  num cercadinho... Tentamos sem sucesso dar a volta e desistimos do último passeio... Viemos pra casa.


Pelo menos nós não estávamos protestando a favor do “bolsa baile funk”

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Matando moscas!

Bacana é quando você aprende novas técnicas para matar moscas.

Ainda que quase nenhum inseto (ou familiares) resista ao frio Irlandes, nesse verão muito quente e atípico que estamos enfrentando esse ano (com máximas de 18 graus) algumas moscas resolveram criar coragem e aparecer por aqui.
E aí, já que elas aparecem, são enormes e teimosas.

Bom, nós compramos um desodorante aerosol aqui excelente. Tão bom que ao invés de usa-lo de acordo com a devida função estamos usando para matar as moscas supra citadas.

Ai, estamos hoje aqui tocando violão, cantando e as moscas atrapalhando, cantando e as moscas atrapalhando, cantando e as moscas... atrapalhando. Então, fomos buscar o referido desodorante para resolver o problema. Começamos a tentar matar as teimosas usando o mínimo possível do desodorante, senão a gente não consegue respirar. E aí, o experiente matador de moscas que é o meu primo deu a fantástica idéia de usar também um isqueiro e matá-las incineradas.

E aí, essa criança que vos escreve nunca tinha brincado de fazer maçarico caseiro e se empolgou com a idéia. Após algumas tentativas frustradas finalmente consegui um belo resultado:


by Karine dos Santos



Eu me diverti horrores! Ri horrores! E não matei mosca nenhuma. A sala ficou insuportavelmente cheirando o maravilhoso desodorante, somado agora ao cheiro de queimado e uma nuvem de fumaça, e de repente...

... o alarme de incêndio de dentro do apartamento disparou. Ninguém fazia a menor idéia do que fazer (eu não fazia idéia nem de que tinha um alarme de incêndio dentro do meu apartamento!). O barulho era ensurdecedor... Todo mundo se olhou, pegamos uma cadeira e começamos a procurar algum botão no alarme e nada, a idéia mais brilhante era desligar a chave geral, mas o “troço” tem bateria e aí desmontamos ele todo e parou.

Encaixamos tudo de volta e curtimos 15 minutos de silêncio quando ele disparou de novo...
Põe cadeira, sobe, desmonta de novo e silêncio.
Remontamos (muito porcamente) e ele continua quieto até agora.


Só me resta saber se, em caso real de incêndio ele vai disparar,porque não sei se desligamos, se quebramos ou se ele vai disparar de novo no meio da noite!

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Como tudo começou...

Bacana é quando você está trabalhando e de repente...

- Dani, tem um motoboy na portaria com um envelope e só pode entregar para você.
- Ok. Estou descendo.

(...)

- Pois não?
- Daniela?
- Não! DaniellE
- Ah, desculpa! Danielle esse envelope é de tal lugar, preciso que você assine o protocolo de entrega e a 2º via, coloque o número do seu RG e o seu carimbo.

Assinei tudo, coloquei meu nome, cargo, RG e telefone de contato e quando pego o envelope, ele segura...

- Tem que colocar o seu carimbo.
- Eu não tenho carimbo.
- É, mas tem que colocar.

(...) Respirei fundo (...)

- Então, eu não tenho carimbo, por isso escrevi meu nome completo, meu cargo, meu telefone de contato, coloquei o número do meu RG, que se o Sr. quiser pode conferir com o meu documento original, e assinei. Mas carimbo eu não tenho.

- E agora?


- Bom, agora ou você me entrega o documento e me "perdoa" porque eu não tenho carimbo, ou você leva o documento embora e eu ligo lá para avisar que você não entregou ou eu vou até o shopping, mando fazer um carimbo e você aguardar ficar pronto para eu carimbar aí, porque EU NÃO TENHO CARIMBO!

quarta-feira, 3 de julho de 2013

TOP 10 - Estadia da Pri

Bacana é quando sua amiga vem passar uns dias na sua casa e rende um post só pra essa estadia.

Vem ai, o Top 10 Estadia da Priscila:

  1. Enquanto eu esperava de braços abertos ela sair saltitante no desembarque do aeroporto, ela saiu com um puta carão: a mala dela foi extraviada.
  2. Primeiro dia de Pub, a idéia era trazer ela carregada pra casa. E ela que me carregou...
  3. Almoçando no dia seguinte, ela pede um hamburguer com bacon: sem alface, sem tomate e sem cebola. A mulher confirma o pedido no caixa e depois vem até a nossa mesa pra ter certeza. O troço vem parecendo um X Salada. Ela pede pra trocar e ele vem cheio de cebola.
  4. Segundo dia de Pub e ai sim, ela veio carregada. Provavelmente carregada pela mesma alma boa que me carregou também... a gente veio se escorando. Com sorte encontramos o meu primo trabalhando (ele trabalha transportando o pessoal de um Pub pra outro) e ele deu uma carona pra gente: pagamos com um chocolate e meia garrafa de 7Up.
  5. E ai lembramos que tinhamos que passar no trabalho do meu outro amigo para pegar a chave de casa. Parei na porta, respirei fundo e falei pra ela: - vou me concentrar, não quero que ninguém perceba que estamos “um pouquinho passadas da conta” para não prejudica-lo. Ela respondeu: “Fique tranquila, enquanto você fala, eu fico mexendo no celular”. E enquanto eu usava toda a minha concentração para pedir para falar com meu amigo, ela ficou ao meu lado, com as duas mãos no bolso balançando de um lado pro outro que nem um João-Bobo
  6. Finalmente em casa, ela vai tomar banho: Escorrega e cai de dentro da banheira para dentro da privada. Trazendo a cortina do box junto.
  7. Dia seguinte e nada de tempo pra ressaca, tinhamos um passeio pra fazer. O celular desperta, ela levanta a cabeça e diz: - preciso vomitar. E deita. Quando o celular toca 9 minutos depois ela levanta a cabeça e fiz: Preciso vomitar. Mais 9 minutos, o celular toca de novo e ela diz: Preciso vomitar. Perguntei se ela precisava que segurasse o cabelo...
  8. Fomos passar a ressaca fazendo trilha nos cliffs. Ela perguntou antes: Tem mato? E eu disse não, porque na trilha que eu fiz não tinha. Mas em Howth tem 4 trilhas diferentes. Eu tinha feito a mais curta e dessa vez resolvemos fazer a mais longa... e tinha mato... Muito mato.
  9. Na segunda, todos na escola e ela pode dormir até mais tarde. Combinei de sair no intervalo e iriamos às 10h30 para o parque andar de bicicleta. Ela acordou, foi ao banheiro e achando que não tinha ninguem em casa, simplesmente abriu a porta do banheiro e entrou. Mas alguém tinha decidido ir só no segundo periodo... E esse alguém estava tomando banho!
  10. E ai, fomos fazer o que ela pediu desde antes de chegar aqui, andar de bicicleta no parque. Pedalamos, pedalamos, pedalamos... Sempre pela ciclovia. Num cruzamento, olhei para os lados e cruzei, foi subir na ciclovia do outro lado e ouvir o barulho. Parei para olhar pra traz e lá estava... Ela pra um lado, bicicleta para o outro e um velhinho dentro do carro com cara de assutado. Não, o velhinho não atropelou ela... ele parou pra ela passar e ela caiu na frente no carro.


Foram 4 dias sensacionais!